O cômico é que eu nunca fui de me silenciar. Sempre deixei que meus sentimentos emanassem, fluíssem pelos meus poros. Me encontro inerte, amedrontado com a possibilidade de te perder por inteiro. Isso me freia, isso me bloqueia.Prometi que nunca mais sofreria por alguém.Você não me faz sofrer, eu me faço sofrer!Me auto-flagelo insistindo nesses sentimentos. E você... você vem com paninho e água para cuidar das minhas feridas.
Depois de ter provado o sabor da sua pele, o gosto do teu beijo, depois de sentir todo aquele carinho,todo aquele afeto... se torna tão difícil de deixar tudo para trás. Lembra?Meu corpo se confundindo com o seu, eu bebia da sua alma e você bebia da minha.
Falta tão pouco, tão pouco para que eu te entregue os meus sentimentos numa bandeja prateada! Quero romper com o meu silêncio. Talvez eu queira arriscar perder essa nossa cumplicidade, essa nossa amizade para tentar ter você para mim novamente...
... Ou não. Ah, merda !
Sabe Murilo, adoro acompanhar essas suas confissões espontâneas, cujas palavras induzem a um deleite de prazer e misturam culpa com angústia... uma duplinha que ativa ainda mais o desejo e o romance. Tudo fica mais intenso e a ausência é sentida como uma presença doída e doce que nos inicia na arte de sofrer bem e com classe. Tudo fica mais intenso, até quando não acontece nada, e quando acontece alguma coisa, sentimos a volúpia de que sempre será a última vez.
ResponderExcluir"Temos disfarçado com falso amor a nossa indiferença, sabendo que a nossa indiferença é angústia disfarçada, temos disfarçado com o pequeno medo o grande medo maior e por isso nunca falamos o que realmente importa... falar o que realmente importa é considerado uma gafe"
(Clarice Lispector. In: Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres)
Um beijo!
ai
ResponderExcluireu tenho enoooooorme dificuldade de expor meus sentimentos...
vai la guri, se joga de vez! abra o coração a boca e otras cositas mas...
abraços
voy